sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Quando te sinto longe...











Neila Costa










Quando te sinto longe,
Sinto-me tão mal...
Em verdade,
Vejo-te ser surreal
A meditar ao acaso. 

Quando te sinto longe,
Parte de mim sangra
Num tom de estranho vermelho
E a lua, que influencia a noite,
Enche-me de carência tua...
Mas é no quarto, sonolento,
Que o vento traz tua essência
Quando o corpo se acende
E à solidão se rende.

Sobre a cama - em seu relento -
Tua camisa branca exala
Cheiro da tua pele nua,
E me serve de alento...
Sobre a velha cabeceira,
O vento folheia um livro aberto...
Enquanto em meu peito aperto
A tua fotografia...

De repente, deixo pender a cabeça
Sobre o macio travesseiro...
Pobre de mim sem ti!
Sem a sombra do teu colo.

Nesses momentos
Sinto-me flor debruçada sobre o solo.



domingo, 6 de setembro de 2015

Enquanto há vida... há esperança!







Neila costa
para gabriela








O corpo franzino
da pequena Gabriela,
tem por destino
o fado de sofrer de hidrocefalia,
doença sem cura definitiva,
que rouba sua energia
dixando-a passiva
diante da vida...

Seu olhar suplicante,
silencioso,
pede, incessante,
ao nosso Senhor
um prodígio,
que o milagre de uma vida saudável
não seja só um vestígio
da esperança...
Agradece com amor,
com um simples e meigo olhar
a quem está a ajudar...
Ela deseja (sobre) viver!

Tão simples, tão frágil!
Ó querida menina,
de onde trouxe essa sina?!
Enquanto se torna musa
dos meus dias, você me escolhe,
como se me conhecesse
desde menina!
Sua alma peregrina
- e o sopro que sai da sua boca -
bate com calma
e destranca a porta
deste velho coração,
que ao seu se abre...

terça-feira, 25 de agosto de 2015

CAMPANHA PARA GABRIELA













Banco do Brasil
Agência:1533-4
C.Corrente:6879-9
Genival de Andrade Frazão

Telefones para contato:
(falar com d. Alice)
(84)3118-8142
(84)99146-6012


ENQUANTO HA VIDA HA ESPERANÇA E SOLIDARIEDADE!

“Enquanto há vida, há esperança” e enquanto há esperança a Gabriela espera a sua solidariedade!
Gabriela sofre de hidrocefalia e precisa de ajuda, principalmente de uma cadeira especial, no valor de 2.500 reais. Ela só tem 4 aninhos! Hoje estou feliz por te-la em meus braços e ao lado de sua mãe. Vou deixar aqui o número do celular e da residência de Dona Alice (responsável) e o número da conta do Banco do Brasil para fazerem suas doações. Não importa a quantia, mas sim a caridade. Gabriela te agradece e Deus te abençoa!
Ela precisa de:
Supra soy sem lactose
Fralda tamanho M
Cadeira apropriada,etc.



Enquanto há vida... há esperança!

Neila costa
para gabriela


O corpo franzino

da pequena Gabriela,
tem por destino
o fado de sofrer de hidrocefalia,
doença sem cura definitiva,
que rouba sua energia
dixando-a passiva
diante da vida...

Seu olhar suplicante,
silencioso,
pede, incessante,
ao nosso Senhor
um prodígio,
que o milagre de uma vida saudável
não seja só um vestígio
de esperança...
Agradece com amor,
com um simples e meigo olhar
a quem está a ajudar...
Ela deseja (sobre) viver!

Tão simples, tão frágil!
Ó querida menina,
de onde trouxe essa sina?!
Enquanto se torna musa
dos meus dias, você me escolhe,
como se me conhecesse
desde menina!
Sua peregrina alma 
- e o sopro que sai da sua boca -
bate com calma
e destranca a porta
deste velho coração,
que ao seu se abre...


PS:Agradeço a poetisa Elen De Moraes K​ pela formatação.

Agradeço ao Anjo Mor de Gabriela, Sra. Alice Frazão​ por nos ter dado a honra de visitar Gabriela e nos  contado sua história.A campanha continua! Os medicamentos são caros e precisamos da ajuda de todos vocês.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Alice










Neila Costa










Hoje, o sol amanheceu triste e as nuvens cinzentas e desamparadas… Juntos, Alice e o sol, formavam uma dupla daquelas, que quando amam alguém, externam o que sentem e extravasam o que sai do âmago da alma; Por isso, apressadamente, o sol encabulado, escondeu-se entre as nuvens e essas, num ímpeto, começaram a chorar; relâmpagos e trovões desaceleravam corações e gargalhavam por haver festa no céu.

De repente, ouviu-se uma voz, vinda da cozinha, a dizer que essas coisas de sentimento, já não existem mais, são banais, caiu de moda e que logo, logo, tudo o que eles sentiam, passaria.
Quem disse que tristeza é coisa que passa, assim, tão rápida! As banais talvez, mas existem outras, que podem durar uma eternidade, visto que, sua voracidade é tanta que se permite tatuar na alma a cruz que se carrega, para que dela, jamais se esqueça.

Entretanto, Alice suspirou e lembrou das suas saudades… e desabafou…dói saber que nunca mais vamos ter aquele alguém que tanto amávamos, ao nosso lado; dói lembrar seu sorriso, seu amor, seu carisma, suas doações sem preço! Dói, com a sua ausência, a solidão e os abusos dos dias monótonos, tediosos, quando de sua presença os dias eram raios de sol que se disseminavam vida afora

Hoje, para Alice, os dias tornaram-se uma fortaleza contra si mesma contudo, ela luta, luta, para sair dessas memórias que nunca a deixam em paz, que a tornaram refém das páginas do Word, em branco, vistas na tela do seu notebook, a espera de que se motive a teclá-las, para extravasar o que sente e que tanto interrompe a sua alegria…sabe-se que após extravasar, Alice relaxa e sai para respirar o “seu” mundo, la fora. Às vezes, quando chora, na verdade, é a tinta que escorre dos seus olhos que pintam alguns dos seus versos, versos que ficam impressos no pensamento de quem os lê; versos simples, repletos de amor e encharcados de saudades; versos que em sua maioria saem amargos, tão crus que ela pensa em modificá-los ou jogá-los ao lixo; outros, são tão doces, como o beijo de dois adolescentes apaixonados; ou como o afeto de uma criança que rir com o cair da folha de uma árvore; como o abraço forte e rejuvenescedor de duas almas, que não se viam ha anos!

Hoje, Alice parou para pensar e viu que tudo o que sentia vinha das lembranças do passado, algumas descartáveis, que poderiam ser lavadas com a esponja do tempo, mas,outras, não… recordações sem fim, que não se desgrudam, pensamentos adiposos que ao esfregá-los, ferem a alma; alias, Alice tem um baú de momentos assim, inexplicáveis, que ainda estão tão vivos, quanto os fantasmas dos seus dias. Esses, já não lhe fazem mais tanto medo, passam tanto tempo juntos que se tornaram amigos mas, ha momentos que brigam, pelo susto que um faz ao outro.

Hoje, ela amanheceu com uma vontade enorme de pôr a mochila nas costas e sair por esse mundo afora, para deixar em cada lugar que passasse, um pouco do que lhe faz pensar, mas que nunca lhe faz deixar de esquecer… Ela gostaria de destravar a melancolia e a solidão, as quais lhe tomaram por abrigo… Gostaria de acordar a esperança e alavancar a alegria…Gostaria, gostaria de nunca ter que dizer adeus, a quem quer que fosse! Gostaria que todos vivessem plenamente e para sempre se amassem e se respeitassem e que a morte, morresse, por algum motivo justo.

Hoje, ela, a solidão, mais uma vez, não a deixou em paz, lhe fez companhia o dia inteiro! Como sempre, muda e invisível, caminhando ao seu redor com seu velho sapato alto, marrom, só para chamar atenção, mas, Alice, não lhe deu a mínima!
Foi então, quando da inquietude das palavras, o inevitável aconteceu. Seu amigo sol, abriu-lhe um largo sorriso franco e piscou-lhe o olho. Com o cair da tarde, ela pensou duas vezes…amanhã pode ser um dia diferente, quem sabe, poderei escrever e delinear as frases com mais excelência de escolhas e as pautas estarão, com certeza, prenhas de esperanças para inspirar uma nova e contagiante história.




quinta-feira, 4 de junho de 2015

A menina maluquinha





Neila Costa





Ela queria uma casa que não fosse de tábua, nem de barro, que o teto não fosse de lona, nem de zinco; ela queria que no seu quarto tivesse uma janela que desse para a rua, para contemplar a beleza do pôr do sol e a suntuosidade da lua; ela queria ter uma “família normal”, com pai, mãe e irmãos, onde todos falassem a mesma “língua” e pensassem “quase” as mesmas coisas; ela queria que o pai tivesse um emprego digno (e que a ele fosse fiel), sem se importar em quê! Poderia ser pintor, marceneiro, professor, condutor, contanto que quando chegasse o final do mês, o dinheiro desse para pagar as contas e suster a família.
Ela sonhava em estudar, para ter um futuro promissor, terminar os estudos e cursar uma faculdade. Sonhava alto, porque sabia que para sair da vida em que vivia, os sonhos tinham que ser altos, senão nada mudaria. A verdade era que tudo ela queria e nada tinha, nem ao menos sabia de que mulher havia nascido, nem qual pai a havia gerado. A vida foi o carrasco dos seus sonhos, sua desilusão. As vezes, ela se perguntava: nasci para quê e por quê? Ninguém a respondia porque pensavam que ela era maluquinha!
Sua casa era a rua, sua cama, a calçada. A janela que tanto falava ter em seu quarto, era um buraco feito no papelão. Seu lençol era o céu, sua luz, o sol, enquanto tinha, ou a lua, que ela chamava de mãe, que vinha e a beijava… Depois saia e lhe sorria.
Sua academia, era cedinho, às três horas da manhã (sem café), apanhando de uma em uma latinha e garrafas de refrigerantes, sucos, e outros lixos como o papelão, copos descartáveis, papéis, que trocava por dinheiro, para comprar um prato de comida. Suas refeições? Uma só, ao dia, a menos que alguém lhe desse algum trocado.
Ela queria…queria tanto sobreviver àquela vida miserável, que seu tempo findou… faleceu.
Faleceu para viver seus sonhos, no Céu.


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Silêncio da vida





Neila Costa






No Silêncio da vida,
Vai o corpo incolor
À terra prometida,
Na esperança sem dor
Da mente que pausa
À continuidade da vida,
Que se faz rendida
Ao seu mundo interior.

No silêncio da vida,
Pela oração em afago,
Olhares cheios d'água
À hora da despedida,
Surpresos se entrelaçam
E pranteiam
No silêncio das palavras,
Capturadas por um simples
E restrito olhar.

No silêncio da vida,
A dor se faz vencida,
Desgarra-se do corpo
Em amálgamas de amor...

No silêncio da vida,
Por tantas idas,
Quiméricas telas

No rosto são trabalhadas
Ao gosto da tinta das lágrimas!

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A busca








Natal/RN
27/05/2015
Às 14hrs




Neila Costa










Vivemos sempre em busca de alguma coisa que não sabemos o que é, como por exemplo,quando se compra o pão e não se tem o café, vamos em busca do café; além do pão e do café,queremos mais, como o leite, o açúcar e ao voltarmos o olhar à mesa, sentimos que ainda falta alguma coisa… frutas, flores! Sempre falta algo! O que será essa ausência intermitente e essa busca incessante, que deixa o nosso Eu desconcertado e tímido? Há sempre essa carência dentro de nós, que não sabemos o que é e, dessa falta, saímos à procura, por caminhos imaginários, principalmente, quando o nosso interior implora. Será ele infido às nossas virtudes? Para que serve essa busca? Ela viverá em nós até ficarmos velhinhos! O homem não se completa sozinho: mesmo quando encontra a sua metade, sente que falta, ainda, alguma coisa em sua vida. Por quê? E assim, o tempo vai passando sem encontrarmos o que buscamos e nunca saberemos em que lugar, fazer o ninho… Vêm os filhos, netos, e continuamos com essa loucura de sairmos em busca do que achamos que nos falta, alguma coisa que imaginamos que vai nos completar, mas que não sabemos o que é, se vem ou não vem e onde podemos encontrá-la. Essa busca se estende a todas as raças e classes sociais. Acredito, que o que nos falta, não está no mundo, como que na fantasia de uma noite alegre e animada, no encontro com amigos na praia, no retorno à família após uma viajem, em compras de novas vestes, no namorado/marido apaixonado. Sinto-a como a terra prometida, como o sonho estendido, como a morte vencida! Essa coisa que nos falta, essa ausência permanente, instigante, provavelmente impalpável, de existência determinante, a quem nunca deixamos de ir à procura, pode estar longe ou perto, como em algum lugar extremamente especial, de nós mesmos.




quarta-feira, 1 de abril de 2015

Renato de Araújo Costa

MINHAS SIMPLES HISTÓRIAS - JOSÉ MENDES PEREIRA: Renato de Araújo Costa
Click acima e leia um pouco sobre o meu inesquecível Pai.








Obrigada, meu pai!
               


Obrigada, meu pai,
Por sua alegria e emocionado pranto
Ao me ver nascer...
Por ter trabalhado tanto
Para os meus estudos suster.

Obrigada, meu pai,
Pelo teto que me abrigava,
Pela mesa farta que nos supria,
Pela educação que me dava
Orientando-me no que eu não sabia.

Obrigada, meu pai,
Pelo seu modo desajeitado
De me criar à moda antiga,
De ter, a minha vida, marcado
Para o bem, com seu trabalho sem fadiga!

Obrigada, meu pai,
Até pelo castigo que me dava
Quando, sem querer, errei.
Pela repreensão que me passava,
Nas vezes que me enganei.

Obrigada, meu pai
Pela renúncia de sonhar
Para realizar os sonhos meus!
Por sua vida exemplar!
Orgulho dos filhos seus!

Obrigada, meu pai,
Você foi meu grande herói,
Um modelo a ser seguido!
Foi o meu querido caubói,
Um natalense bem nascido!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Quem sou eu




Neila Costa







Quem sou eu

Pra falar

Da chuva que desatou

O que se poderia

Viver por amor!



Quem sou eu

Pra falar do café

Sem açúcar que foi a vida,

Quando se sabia,

Que pra ela não amargar,

Não haveria "doces" momentos

Sem preço a pagar!



Quem sou eu

Pra cicatrizar

As malditas chagas

Da paixão,

Se ela não se desagarrou

Da nossa essência!



Quem sou eu

Pra esquecer o arquejo

De um beijo,

O desassossego das mãos,

O desencontro das almas!



Quem sou eu...

Se assim,

Somente a mim

Eu me apego!



Mas se for pra viver

Eternamente,

Desse jeito,

Com essas dúvidas no peito,

Eu me renego!



quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Asas da paixão


Neila Costa







Cada vez que te vejo,
Do mundo
Fico alheia...
Ouço do pássaro
O gorjeio,
Vôo nas asas
Da paixão
Que anseio.

Cada vez que te vejo,
Fortaleço-me,
Encho-me de desejo...
Esqueço-me!

Cada vez que te vejo,
Suspiro-te!
Visto-me de sonho,
Em júbilo
Abraço-te!

Cada vez que te vejo
Pranteio por um beijo seu
Que me vem com a lágrima
Da alegria
Que me renasceu.
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