quinta-feira, 11 de abril de 2013

Sem ti







Neila Costa





Sem ti...


Quando te sinto longe,
Sinto-me tão mal...
Em verdade,
Vejo-te ser surreal
A meditar ao acaso. 

Quando te sinto longe,
Parte de mim sangra
Num tom de estranho vermelho
E a lua, que influencia a noite,
Enche-me de carência tua...
Mas é no quarto, sonolento,
Que o vento traz tua essência
Quando o corpo se acende
E à solidão se rende.

Sobre a cama - em seu relento -
Tua camisa branca exala
Cheiro da tua pele nua,
E me serve de alento...
Sobre a velha cabeceira,
O vento folheia um livro aberto...
Enquanto em meu peito aperto
A tua fotografia...

De repente, deixo pender a cabeça
Sobre o macio travesseiro...
Pobre de mim sem ti!
Sem a sombra do teu colo.

Nesses momentos
Sinto-me flor debruçada sobre o solo.


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