Neila
Costa
Logo
cedo,
Corre
sem enredo
E
sem medo,
Pelas
linhas do papel.
No
casulo,
Lar
da imaginação,
Sai
o vocábulo
Em
conteúdo diverso,
Livre
de preceito,
E
é sempre o eleito
Por
esse universo.
Verso
de criança,
De
tenra pureza,
Não
liga, do poema,
A
aparência
Da
qual se veste,
-
exímia inocência!
De
palavra nua,
Sem
exigência,
Descalça
de tristeza
E
violência.
Verso
de criança,
Corre
como
Um
rosto em riso
Sob
a chuva!
Verso
de criança
São
ideias de mel
Que
saem em prosa
Pelas
linhas do papel.
Corre
aos pulos
Como
um corcel,
Sob
o cuidado
E
amor puro,
Que
vem do céu
Fazendo-se
fiel
Às
histórias de cordel.
Verso
de criança
É
como pirraça
Que
vem a tropel,
Pulando
com graça,
Da
mente para o papel.