sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Morre o poeta...














Neila Costa





Pela mudez
Dos sentimentos
E invalidez
Das mãos sem tato,
Morre o poeta...

Pela ausência de nitidez
Do papel amassado
E insensatez
Das lembranças do passado,
Morre o poeta...

Pela fluidez
Das palavras nos poemas,
E desfaçatez
Dos apaixonados versos,
Morre o poeta...

Pela languidez
Dos tempos mal vividos
E da vetustez
Dos amores proibidos,
Morre o poeta...

No fim do penúltimo ato!
Talvez,
Pela pressa de sair do palco...


2 comentários:

  1. Oi querida amiga,
    os poetas são"estranhos" até na hora de morrer... Ou seriam diferentes?
    Parabéns pela inspiração.
    Beijos.
    Elen

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  2. Oi querida amiga, obrigada pela presença.Concordo que eles são estranhos por demais!rsrs
    Beijos

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