Neila Costa
Não se passa borracha no passado,
como se faz quando se erra ao escrever.
Não se rasga o passado
como se faz a uma folha de papel
que a gente amassa... e joga ao léu.
Não se descarta do passado
algumas de suas páginas,
quando não se quer lembrar
determinados momentos.
Não se deleta o passado
como se deleta um vírus
do computador.
Não se faz, do passado,
backup dos seus arquivos,
quando já não se pode apagar
a "tatuagem" que se quis desenhar.
Não se pode dar ao passado
um ctrl/c e depois um ctrl/v
àquilo que se pensou realizar
e desistimos.
O passado, simplesmente, fica lá,
em sua morada,
a respirar ansiosamente.
Sentado em algum banco da memória,
a espera de que o botão da saudade
seja, a qualquer hora,
pressionado pelo coração.
O passado não passa, realmente, é passado! Não se esquece, está lá arquivado! O jeito é fechar o "baú" e tentar esquecê-lo...
ResponderExcluirBela composição querida Neila! Parabéns!
Beijos.