sábado, 21 de setembro de 2013

Ali onde nasci



Neila Costa








Vi nascer uma semente!
Em tê-la sempre sonhei,
Como a menina contente
Que em meus braços afaguei.

Tanta água... O rio encheu...
Que foi pouco o que ofertei
A Deus, pelo que me deu!
Pelo muito que eu ganhei!

Ali, onde plantei um grão,
Fartura me surpreendeu,
Como a flor do algodão
Que na fartura viveu.

Onde pensei não ter nada,
Tem de tudo e é tão bom!
A terra quando molhada
Dá a vida um novo tom.

Ali, onde eu nasci... Me criei,
Vida gira tão feliz!
E é lá, onde eu morrerei,
Sepultada à minha raiz.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sal das minhas lagrimas




Neila Costa








No sal das minhas lágrimas, por tua partida,  
Vivo meus dias como se fosse morrer!  
A vida passa tão lentamente... sofrida...  
Tuas lembranças me fazem sobreviver!  

Quem me dera poder te ver, mais uma vez!  
Ver nos teus lábios a graça do teu sorriso, 
Ver no teu lânguido olhar, a calidez  
De um farol vigilante...que tanto preciso,  

Que ilumine minhas noites, constantemente...  
Hoje só tenho essa saudade dolorida,  
Que tomou conta de mim...com tua partida.  

Nada me restou a não ser, infelizmente,  
Angustia, solidão, adeus... a despedida,  
Sombras no caminho... E toda ilusão perdida! 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Celebração do amor



Neila Costa










Deixei a noite 
Suar seus orvalhos, 
As nuvens ofuscarem o brilho 
Das estrelas, 
Para adormecer no calor 
Do teu abraço no meu... 
Celebramos o amor, 
Entre beijos  
E o tilintar das taças 
Que dançavam  
Em nossas tremulas mãos... 
E o tempo,  
Esse que passou, 
Que a tudo assistiu, 
Observa calado, 
Surpreso e cúmplice, 
A nossa paixão, 
Que se acalma ao som de “adoro”... 
E do jantar, à luz de velas, 
Que fiz para te amar... 
E será assim, 
Pela eternidade...  
Enquanto teus olhos me buscarem, 
Tuas mãos me adivinharem, 
E o teu corpo se incendiar  
À idéia do meu.
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