Neila Costa
Sem
ti...
Quando
te sinto longe,
Sinto-me
tão mal...
Em
verdade,
Vejo-te
ser surreal
A
meditar ao acaso.
Quando
te sinto longe,
Parte
de mim sangra
Num
tom de estranho vermelho
E
a lua, que influencia a noite,
Enche-me
de carência tua...
Mas
é no quarto, sonolento,
Que
o vento traz tua essência
Quando
o corpo se acende
E
à solidão se rende.
Sobre
a cama - em seu relento -
Tua
camisa branca exala
Cheiro
da tua pele nua,
E
me serve de alento...
Sobre
a velha cabeceira,
O
vento folheia um livro aberto...
Enquanto
em meu peito aperto
A
tua fotografia...
De
repente, deixo pender a cabeça
Sobre
o macio travesseiro...
Pobre
de mim sem ti!
Sem
a sombra do teu colo.
Nesses
momentos
Sinto-me
flor debruçada sobre o solo.
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